quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

FILÓSOFOS: BIOGRAFIA ESQUEMATIZADA

SÓCRATES é indiscutível a importância de Sócrates sobre o pensamento no mundo ocidentalizado. Sabemos que ele nada escreveu mais a repercussão de suas idéias provocaram grandes efeitos na cultura e na vida das pessoas.

Nasceu em Atenas. Filho pai escultor e mãe parteira. A profissão da mãe o inspirou no método obstetra capaz de ajudar as pessoas à busca da verdade.

A educação clássica recebida consistiu no estudo de literatura, música, ginástica, retórica, geometria e astronomia e contato com a dialética sofistica. Ingressou no serviço militar no exército de Atenas.

Fez das praças e mercados sua academia de aprendizagem e neles discutia a natureza da verdade com os cidadãos atenienses.

Integrou o Legislativo de Atenas, mas sempre se recusou a apoiar normas e regulamentos que admitia com injustos, bem não deu qualquer apoio ao governo dos Tinta Tiranos que, sem acusação formal ou por capricho recolhia a prisão pessoas inocentes.

Na faixa dos 50 anos de idade casou com Xantipa com quem teve três filhos. A convivência conjugal indica que não foi tão harmoniosa, talvez o tenha levado a fazer a seguinte afirmação:

“É imprescindível se casar! Se encontrarem uma boa mulher, vocês serão felizes. Se for má, se tornarão filósofos, o que também traz benefícios ao homem”.

Como educador sempre se recusou a receber qualquer tipo de pagamento, contribuindo desse modo, muito pouco para a situação financeira familiar, portanto, diferentes dos sofistas que ensinavam mediante pagas, principalmente sobre assuntos relacionados com política, administração e tribuna.

Em conseqüência de seus ensinamentos quanto a liberdade do individuo seguir a própria religião e escutar a voz interior, questionar a corrupção política dominante, veio a sofrer pressões políticas, acusação por crime de blasfêmia e ainda de corromper a juventude.

Reagiu as acusações com indiferença justificando seus ensinamentos como uma questão de responsabilidade moral. A defesa apresentada não foi suficiente, e nem se empenhou nesse sentido, para uma possível absolvição, levando-o, por pequena margem de votos a ser condenado pelo tribunal, oferecendo a própria “cabeça” para execução, quando poderia propor a própria pena, oferecendo considerável quantia em dinheiro para sua liberdade, como era o costume da época.

Entretanto, o fez com uma quantia irrisória sob o argumento de que aquela soma correspondia o valor que Atenas admitia a um filósofo, o que foi de pronto recusada. Sentindo-se injustiçado deixa de se empenhar na defesa o que levou o tribunal a condená-lo por maioria de votos à morta por envenamento, forçado a beber cicuta.

Outras alternativas para não ser condenado poderiam ser apresentadas, apelando para a benevolência do tribunal fundamentando com o propósito de não propagar as afirmações acerca do sistema político e opiniões de cunho religioso ou deixar a cidade de Atenas.

A acusação e condenação apresentavam mais caráter de ordem política com sentido de silenciar ou se livrar a presença incomoda de Sócrates, do que condená-lo propriamente à morte. Esta foi conseqüência dos fatos processuais.

O filósofo portador que era de profundas convicções, ficar calado ou abandonar Atenas eram condições inaceitáveis por contrariarem sua idéias de patriota e de lealdade a verdade.

Assim só uma situação lhe restava, a aceitação da sentença pelo cálice da cicuta e o fez filosofando na companhia dos amigos mais próximo, até o momento de sua morte.

MAIÊUTICA

Sócrates é considerado o fundador da ética filosófica independente dos deuses. Para ele toda pessoa, a priori, é portadora de uma potencialidade de compreensão racional de conceitos, portanto, quem se dedica a prática do bem encontra a felicidade.

A falta de conhecimento era a causa da ignorância humana, por isso se achava no dever de orientar as pessoas até à verdade utilizando o recurso de perguntas para alcançar a verdade após convicção interior.

Após questionar o interlocutor pedia a este que tentasse esclarecer o problema posto. Por outra via, empregava o método da ironia em que envolvia o interlocutor em contradição, levando-o a perceber sua própria ignorância.
Sócrates admitia que: “é inteligente quem sabe que não sabe!; só é sabia quem sabe que não é sábio. Não é vergonha nada saber; vergonha é nada querer aprender”. Para ele são quatro as qualidade de um juiz: escutar com atenção; responder com sabedoria; ponderar com sensibilidade e decidir com imparcialidade. Isto porque quem o poder de decidir obrigatoriamente é capaz de ouvir e logicamente ser imparcial.

PLATÃO

Discípulo de Sócrates. Nasceu em família aristocrática e defendia a idéia de que os governantes deveriam ser escolhidos pela inteligência e força de caráter e não pela condição familiar ou econômica.
Em Atenas fundou a Academia que serviu de formação das pessoas e influenciou com seu estilo por mais de dois mil anos a intelectualidade do ocidente.

Admitia que o mundo verdadeiro era constituído por idéias validadas e invariáveis, as quais são a causa da realidade e no mundo passageiro não podemos realizar completamente os ideais do mundo do ser.
O ponto de vista defendido com base nas ideais se torna o fundador do idealismo. A realidade ideal gera a realidade física.
Ao se referir a virtude da justiça pensava que a maior grau de injustiça é a pretensa justiça e a pior forma de injustiça é a justiça mal aplicada.

ARISTÓTELES

Para alguns pensadores Aristóteles chegou a superar seu mestre Platão, com quem estudou por quase vinte anos na Academia, no caminho de encontrar a verdade ao ponte de afirma que: “ Platão é para mim um amigo; amigo maior, porém, devo ser da verdade”.

Aristóteles trabalhou todas as áreas da atividade humana, portanto um conhecimento bem amplo das coisas.l

Natural da Macedônia, filho de Nicômaco, médico da corte do rei Amintas III.

Para ele as mudanças apresentam as seguintes causas: eficiente dando origem ao movimento; a material se constituindo na substancia da coisa; a formal que dá molde dos objetos e por último a causas final destinando o objetivo da coisa.

Assim, existe uma causa primeira que coloca em funcionamento todo o processo.

Apresentava a idéia que para alguém alcançar uma meta o importante é evitar os extremos, portanto, buscar um ponto de mediação nas ações.

Aconselhava que antes que a pessoa tome qualquer decisão deve ter por principio uma avaliação cuidadosa para não cometer desatinos e afirmava que: “há uma coisa que até aos deuses é negada – desfazer o que já foi feito”.