quinta-feira, 21 de abril de 2011

NOVO ENDEREÇO

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sábado, 5 de março de 2011

REFLEXÃO SOBRE: EU-TU

EU e TU

O presente texto trata de uma reflexão do EU e TU na concepção de Martin Buber, como atitudes do homem no mundo e, sobretudo uma ontologia da relação.

Buber nasceu em Viena no ano de 1878, após a separação dos pais passou a viver com os avós paternos na Galícia. Cursou o ginásio de Lemberg na Polônia. Entrou para a Universidade de Viena matriculando-se no curso de Filosofia e História da Arte. Doutorou-se em Filosofia pela Universidade de Berlim, sendo aluno de Dilthey.

O pensamento de Buber está voltado para a concretude da experiência de vida no mundo em que o logos e a práxis estão umbilicalmente relacionadas.

Recebeu influência como impulso decisivo para sua filosofia do diálogo, as idéias acerca do sentido antropológico de Feuerbach, que não vê no homem enquanto individuo, mas a relação entre o EU e o TU.

Buber retoma esta idéia dirigindo seu interesse para a relação entre os seres humanos. Há ainda, uma íntima aproximação com o principio kantiano no plano da moral. Assim, na relação EU-TU o homem é considerado como fim e não como meio.

Ainda, a obra e o pensamento de Nietzsche marcaram a trajetória das idéias de Buber. ´

É provável que o pensamento de Buber na forma como foi trilhado de um profundo compromisso com a vida, visto que esta só pode ser evidenciada na concretude do cotidiano, esteja classificado, se isto puder ser admitido, numa Filosofia da Vida.

O EU e o TU representam o ponto consolidado da filosofia do diálogo para Buber, portanto, um sentido dialógico. Essa dialogicidade tem no ENTRE o ponto central.

Através da palavra o homem se introduz na existência, pois é ela que o faz permanece no ser. A palavra proferida produz eficácia do ser do homem. Ela é uma ação pela qual o homem se faz homem e se coloca no mundo com os outros.

Então qual o sentido existencial da palavra?.

Esta é a grande questão a ser desvendado por Buber. A palavra como condutora do ser é o local onde o ser se situa como relação, porquanto, ela é o fundamento da existência humana.

EU e TU é a atitude de encontro entre duas pessoas na reciprocidade e na confirmação mútua. A relação não é propriedade do homem, mas algo que existe entre a consciência e o mundo ou o objeto.

Em sendo a palavra condutora do ser, o homem que a profere existe graças a palavra, temos então, nesse aspecto, a distinção entre o encontro que se caracteriza em um acontecimento e a relação que envolve o encontro. Por via de conseqüência, a relação abre a possibilidade de um novo encontro dialógico.

Nessa linha de raciocínio o diálogo é a maneira explicativa da ocorrência do inter-humano. Este informa a presença do fenômeno de encontro recíproco.
Então, o ENTRE é considerado como a categoria ontológica onde possibilita a confirmação do EU- TU.

Assim, o TU se apresenta ao EU como condição de existência, vez que só desse modo a polaridade se constitui, por não existir o EU em si, mas na relação.

O EU só se torna EU em relação ao TU e, por sua vez, o TU só se torna TU no encontro com o EU. A conclusão que se chega é que EU-TU só existem na relação.

Há, portanto, nesse encontro a irreversibilidade, em virtude de nem o TU ser igual ao EU e nem este idêntico ao TU.

A compreensão das coisas é debitada na participação dialogal na base EU-TU envolvidos na energia da reciprocidade tete-a-tete.

Nisto consiste em afirmar que a alteridade se configura tão somente na relação EU-TU, visto que aqui está presente a relação dialogal do EU como pessoa e o TU como o outro.

Aquele que diz EU não possui nada, pois lhe falta a relação. Esta se firma na imediatez porque exige o face-a-face que só acontece através do encontro.

Referência:
EU e TU
Buber, Martin, Ed. Centauro editora. São Pualo. Reimpressão 2010.(Tradução: Newton A.V.Zuben)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

PENSAMENTOS FILOSÓFICOS

Enumeramos alguns pensamentos filosóficos que nos levam a uma reflexão sobre orientações das nossas ações no decorrer das atividades e como direcionadores de um modo de vida tanto pessoal como profissional.

1 – SÓCRATES

“É impensável se casar! Se encontrarem uma boa mulher, vocês serão felizes. Se for má, se tornarão filósofos, o que também traz benefícios aos homens”.

“Só sei que nada sei”

“ O silencia é de ouro”

“ Seja o que você quer parecer”.

“Conhece-te a ti mesmo”.

“Essencialmente todos os extremos são perigosos”.

“A ação certa segue o pensamento certo”.

“As pessoas que tem muito poder e influencia precisam se proteger de modo especial contra as excessivas fraquezas humanas, se quiserem permanecer longo tempo em sua posição e status social”.

2 – PLATÃO

“A realidade ideal cria nossa realidade física”.

“Quem sofre as maiores pressões são as pessoas que criam e renovam as leis, acreditando ser capazes de, assim, diminuir as mentiras na sociedade, sem desconfiar que na verdade estão apenas cortando as cabeças da Hidra”

“Não há, portanto, meu amigo, nenhuma atividade especifica para a mulher só porque é mulher, tão pouco uma especifica para o homem só porque é homem; os dons são, isto sim, regularmente distribuídos entre os dois sexos”.



3 – ARISTÓTELES

“ Platão é para mim um amigo; amigo maior, porem, devo ser da verdade”.

“Nada é movido pelo pensamento em si, mas apenas pelo pensamento prático e dirigido a um fim”.

“O todo é mais do que a soma de suas partes”.

”O individuo esclarecido não tenta ser mais preciso que a natureza da matéria”.

“A razão consiste não apenas no conhecimento, mas também na habilidade de colocá-lo em prática”.

“Tanto a virtude quanto o vicio estão em nosso poder. Pois onde temos o poder de agir, também temos o de não agir. Onde está o não, também está o sim, se temos o poder de praticar o bem, também temos o de omitir o mal; e se temos o poder de omitir o bem, também temos o de fazer o mal”.

“Os sucessos de todas as situações só depende de duas coisas: uma é que o propósito e a mera atividade sejam claros; a outra, porem, consiste em encontrar a ação certa que conduzirá e esse objetivo”.

“Aqueles que querem seguir o caminho certo devem também saber os caminhos errados”.

“Aquele que quer conhecer a certeza deve antes experimentar a dúvida”.

“O começo de toda percepção é o deslumbramento”.

4 – HERÁCLITO

“Nunca se entra duas vezes no mesmo rio”

“O caminho para cima e o o caminho para baixo são o mesmo e único caminho”.

“A sabedoria se resume a isto – conhecer os pensamentos por meio dos quais todas as coisas são orientadas”.

“O sol é novo todos os dias”.

“A essência das coisas tem o hábito de se esconder”.
“Se você não espera o inesperado, não o encontra; pois o inesperado é muito difícil de descobrir”.

“ Para mim um individuo vale quanto dês mil indivíduos, se for o melhor”.

“A harmonia oculta é melhor que a declarada”.

“Muito conhecimento não significa boa compreensão”.
“Nada dura além da mudança”.

“ O pensamento é nosso maior patrimônio, e a sabedoria consiste em dizer a verdade e escutar a natureza”.

IDADE MÉDIA

O termo Idade Média apareceu com o Renascimento. Para os renascentistas a idade média teria sido um período longo de “noite de mil anos”, correspondente a antiguidade e o renascimento. Por outro lado, alguns pensadores defendiam a idade média como uma era de grandes crescimentos, a exemplo do surgimentos das escolas e universidades.

As universidades surgiram de vários fatores, por volta do século XIII. Antes o ensino era feito nas escolas. As escolas eram ligadas ao poder social e político da idade média e as fontes eram:

FONTES:

1 – Mosteiros – escolas monacais
2 – Bispos - escolas episcopais
3 – Reis - escolas dos palácios ou palatinas

CARACTERISTICAS DAS ESCOLAS

1 – Idéia de um ensino ligado ao mestre. O prestígio ou nome não está ligado a escola, mas ao mestre. A relação é personalista e direta com o mestre. Ex. Pedro Abelardo.

2 – as escolas estarem ligadas a uma preocupação prática ( a preocupação poder ser pastoral com nas escolas monacais, episcopais, enquanto que as palatinas a preocupação eram de ordem política e administrativa.

3 – a escola está ligada ao modo do ensino, ou seja, o que se estudava, a matéria. O modelo de ensino vinha por herança grega e se constituía em:

3.a – ciência da fala ou sermosina:

gramática
dialética
retórica

Este grupo de disciplina formava o trivium

3.b – ciência das coisas:

álgebra
astronomia
aritmética
musica

Este grupo formava o quadrivium

Trivium e quadrivium = formavam as artes liberais, ou seja, o estudo livre ou do homem livre.

CARACTERÍSTICAS DAS UNIVIVERSIDADES

As condições para o surgimento das universidades decorriam de alguns fatores como:
1 – reorganização das cidades com maior aglomeração urbana. O renascimento das cidades e o acesso ao mar mediterrâneo, conquistado pelas cruzadas, estabelecendo assim, nova rota do comércio. Desta conquista resultou no surgimento de novas cidades portuárias e o movimento das migrações.

2 – a universidade é fenômeno urbano. Possibilita o intercâmbio cultural entre cristãos, gregos, muçulmanos e árabes.

Foi verificado que a formação do árabe e do grego era de melhor qualidade que a dos latinos cristãos. Este fato motivou o mundo cristão buscar uma igualdade de qualidade de formação com os dois grupos acima, o que levou ao um investimento no ensino criando as universidades.

As cruzadas nesse sentido tiveram uma contribuição importante por despertar o mundo cristão, antes ao contato com o mundo não cristão, trazendo para aquele tudo de novidade que viam e apreendiam, proporcionando uma disputa cultural.

3 – a percepção da importância das “novas ciências” para o mundo cristão, como: medicina, direito, teologia.

ESTRUTURA DAS UNIVERSIDADES

As universidades herdam os modelos de estrutura das escolas e busca ampliá-los da seguinte forma:

1 – Ciclo básico:

1.1.1.a. trivium
1.1- Faculdade de – 1.1.1.Artes liberais
1.1.1. quadrivium
1.1.2.Filosofia
2 – Ciclo científico

2.1.1 medicina = Montpellier
2.1 Faculdades 2.1.2 direito = Bolônia - Pádua
2.1.3 teologia = Paris – Oxford

Com as universidades o ensino passa a ser ligado a instituição e não mais ao mestre.

Em assuntos filosóficos tivemos na idade média a contribuição do conhecimento desenvolvido por Santo Agostinho mostrando que há limites da razão quando a questão é religiosa e só podemos atingi-la através da fé.

Tomás de Aquino tentou conciliar a filosofia de Aristóteles com o cristianismo. Pois ele não acreditava no paradoxo irreconciliável entre o que diz a razão e o que diz a revelação.

Para Aquino dois são os caminhos que levam a Deus. O primeiro passa pela fé e o segundo pela razão, defendendo que o mais seguro é o caminho da fé, vez que a pessoa pode facilmente se enganar pela razão.


5 – DESCARTES

“Penso logo existo”.

Método que possibilita a resolução de problemas através da razão.

5.1 – “Só devemos aceitar como verdade aquilo que pudermos reconhecer de modo tão claro e inequívoco como verdade que não dobra o menor espaço para dúvida”;

5.2 – Todo problema deve ser decomposto em tantas parte individuais quantas forem necessárias para chegarmos a uma solução aceitável”;

5.3 – “A relação entre essas partes dever ser óbvia, e devemos seguir das explicações simples para as relações mais complexas”;

5.4 – “Devemos nos certificar do que as listas de componentes e subproblemas estejam completas, para que nenhum aspecto essencial seja negligenciado”.

“A dúvida é o principio da sabedoria”

“Tudo que é apenas provável está provavelmente errado”.
“A pessoa que mais se engana é aquela que se considera mais inteligente que as outras”.

“Nada no mundo é tão bem distribuído quanto a sabedoria, pois todo homem está convencido de que possui o suficiente dela”.

6 – MONTESQUIEU

”Uma coisa não é certa por ser lei, mas é lei por ser certa”.
“Quando não é necessário criar uma lei, então é necessário não criar lei alguma”.

“Quem deseja ser temido pelas pessoas consegue apenas ser odiado”.

“É preciso conhecer os preceitos da época em que se vive, para não se deixar ferir por eles e nem deles se tornar vitima”.

“Enfie uma idéia em uma cabeça oca e a idéia a preencherá completamente – pois nada há ali dentro para gerar um debate”.

“ Não queremos apenas ser felizes, mas feliz que os outros. E isso é tão difícil, porque achamos que os outros são sempre mais felizes que nós”.

“Se você deseja governar, não poder arrastar as pessoas atrás de si. Tem, isto sim, que induzi-las a segui-lo”.

“O verdadeiro poder de um governantes não consiste tanto na facilidade com que ele conquista quanto na dificuldade de atacá-lo e, se eu puder acrescentar, na inviolabilidade de sua posição”.

“Peça bênção a Deus para seu trabalho, mas não espera que ele o faço por você”.

“Para realizar seu trabalho, a pessoa deve procurar aprovação, mas nunca aplauso”.

7 - IMMANUEL KANT

“Visões sem conceitos são cegas; conceitos sem visões são vazios”.

“Proceda de maneira tal que sua máxima possa ser considerada o principio de uma lei universal”.

“O dever para consigo consiste em reconhecer a dignidade da humanidade em sua própria pessoa”.

“Tenha a coragem de servir a sua própria razão”

“O mais difícil no aprendizado é aprender a aprender”.

“Nós acreditamos que fazemos experiências, mas são as experiências que nos fazem”.

“Aquilo que tem preço pode ser substituído por algo equivalente; já aquilo que está acima de qualquer preço tem dignidade”.

“As pessoas verdadeiramente dignas estão acima de qualquer tentativa de manipulação”.

“O homem não é rico pelo que possui, mas pela dignidade de viver sem o que não possui”.

“Nenhum homem é tão importante como se considera”.

“Os erros não acontecem apenas porque a pessoa não conhece certas coisas, e sim porque julga sem ter todo conhecimento necessário”.

Kant nasceu, viveu e morreu aos oitenta anos em Konigsberg, uma cidade da Prússia.

Para ele tanto os sentidos quanto a razão são importantes para nossa experiência do mundo. Assim, tanto as coisas se adaptam a consciência como estas as coisas. Admitia que a pessoa não chega a um conhecimento seguro de certas coisas ou seja, não a conhece em si, mas como elas se nos apresentam.

Assim, nunca seremos capazes de saber com certeza como as coisas são em si. Mas só como elas se mostram para nós. Por outra via, podemos afirmar com certeza como as coisas são percebidas pela razão humana.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMILIA

IBDFAM elege nova diretoria no Maranhão

O Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), secção do Maranhão, está com nova diretoria para o biênio 2011/2012. A eleição aconteceu no dia 20 de janeiro, na sede da Escola Superior da Magistratura (ESMAM), com a posse imediata dos eleitos.

A Diretoria passou a ser assim composta: presidente: José de Ribamar Castro (Juiz de Direito titular da 1ª Vara de Família da capital);
Vice-presidente: desembargador do TJMA, Lourival Serejo;
Secretária-geral: Bruna Barbieri Waquim (chefe de gabinete da presidência do TJMA); Secretária-adjunta: Mariléa Campos dos Santos Costa (Procuradora de Justiça do MA);
Diretor Cultural: Kléber Costa Carvalho, juiz auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça do Maranhão;
Primeira Tesoureira: Angela Maria Moraes Salazar (juíza de direito da 5ª Vara de Família da capital); Segunda Tesoureira: a Advogada Teresinha de Fátima Marques Vale.
Conselho Fiscal:
Desembargadora do TJMA, Cleonice Freire; Advogado Lourival Gondim da Silva
e o Advogado Norberto José da Cruz Filho.

O IBDFAM é uma entidade de cunho técnico-científico sem fins lucrativos, que tem o objetivo de desenvolver e divulgar o conhecimento sobre o Direito de Família e de atuar como força representativa nas questões pertinentes à família brasileira.

Hoje a entidade conta com quase cinco mil associados no Brasil e no exterior, dentre eles, ministros, magistrados, pesquisadores, promotores, defensores públicos, advogados, psicólogos, psicanalistas e assistentes sociais. Tem sua representação consolidada por meio de diretorias estaduais, em todos os estados brasileiros.

O IBDFAM vem empreendendo esforços para a criação do ESTATUTO DAS FAMÍLIAS. A aprovação em caráter conclusivo do Projeto de Lei 674/2007, que dispõe sobre o Estatuto das Famílias, pela Câmara dos Deputados no dia 15 de dezembro último foi um dos principais assuntos abordados pela imprensa no final de 2010 e também neste início de ano.
Idealizada pelo IBDFAM e apresentada na Câmara pelo Deputado Federal Sérgio Barradas Carneiro (PT-BA), a proposta que será encaminhada para tramitação no Senado, revisa e moderniza toda a legislação que trata do Direito de Família Brasileiro.

NOTICIÁRIO NACIONAL.

Piauí e Maranhão elegem novas Diretorias

As seções do IBDFAM nos Estados do Maranhão e do Piauí já têm novas diretorias.
No Maranhão, em eleição realizada na última quinta-feira, 20, foram eleitos para o biênio 2011/2012: José de Ribamar Castro - Presidente, Lourival de Jesus Serejo Sousa - Vice-Presidente, Bruna Barbieri Waquim - Secretária-Geral, Marilea Campos dos Santos Costa - Secretária-adjunta, Kleber Costa Carvalho - Diretor Cultural, Angela Maria Moraes Salazar - Primeira Tesoureira, Teresinha de Fatima Marques Vale - Segunda Tesoureira, Cleonice Silva Freire, Lourival Godinho da Silva, Norberto José da Cruz Filho - Conselho Fiscal.

Já no Piauí foi eleita no sábado, 22, a primeira diretoria do IBDFAM naquele Estado. A partir de agora a seção piauiense será comandada por: Ana Cecília Rosário Ribeiro - Presidente, Lorena Ferraz - Vice-Presidente, Flávia Virgueira da Silva - Secretária Geral, Celso Barros Coelho - Secretário Adjunto, Ângela Martins Soares - Primeira Tesoureira, Luis Henrique Moreira Rego - Segundo Tesoureiro, Marina Cordeiro de Oliveira - Diretora Cultural.


INFORME JURÍDICO - Pensão por morte

O instituto da pensão por morte é um benefício garantido aos dependentes do segurado falecido e tem como objetivo suprir a ausência daquele que provia as necessidades econômicas do núcleo familiar, garantindo-lhe o seu sustento. Em se tratando de cônjuge separado judicialmente, o deferimento do benefício está condicionado à comprovação de dependência econômica entre a requerente e o falecido, sendo irrelevante, para tal comprovação, a renúncia aos alimentos por ocasião da separação judicial ou mesmo a sua percepção por apenas um ano após essa ocorrência, bastando, para tanto, que a beneficiária demonstre a necessidade econômica superveniente. (STJ, AgRg no REsp 881085 / SP, Relª Ministra Maria Thereza de Assis Moura, 6ªTurma, public. 24/05/2010)

SAIBA MAIS - Lançamento I

Já se encontra nas livrarias o livro "O Direito de Família: Aspectos Sociojurídicos do Casamento, União Estável e Entidades Familiares" do procurador de Justiça de Minas Gerais, Bertoldo Mateus de Oliveira Filho. Publicada pela Editora Atlas, a obra traz em suas 176 páginas, um exame dos aspectos sociais e jurídicos que envolvem o relacionamento amoroso conjugal e extra conjugal. A publicação abrange também as novas formas de composição familiar.

Lançamento II

Também nas livrarias o livro "Regime de Bens e Pacto Antenupcial" de autoria da advogada e professora da Puc/SP, Fabiana Domingues Cardoso. A obra lançada pela Editora Gen/Método aborda as formalidades e o conteúdo dos pactos antenupciais no ordenamento jurídico brasileiro e elucida como pode e/ou deve ser seu conteúdo.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

FILÓSOFOS: BIOGRAFIA ESQUEMATIZADA

SÓCRATES é indiscutível a importância de Sócrates sobre o pensamento no mundo ocidentalizado. Sabemos que ele nada escreveu mais a repercussão de suas idéias provocaram grandes efeitos na cultura e na vida das pessoas.

Nasceu em Atenas. Filho pai escultor e mãe parteira. A profissão da mãe o inspirou no método obstetra capaz de ajudar as pessoas à busca da verdade.

A educação clássica recebida consistiu no estudo de literatura, música, ginástica, retórica, geometria e astronomia e contato com a dialética sofistica. Ingressou no serviço militar no exército de Atenas.

Fez das praças e mercados sua academia de aprendizagem e neles discutia a natureza da verdade com os cidadãos atenienses.

Integrou o Legislativo de Atenas, mas sempre se recusou a apoiar normas e regulamentos que admitia com injustos, bem não deu qualquer apoio ao governo dos Tinta Tiranos que, sem acusação formal ou por capricho recolhia a prisão pessoas inocentes.

Na faixa dos 50 anos de idade casou com Xantipa com quem teve três filhos. A convivência conjugal indica que não foi tão harmoniosa, talvez o tenha levado a fazer a seguinte afirmação:

“É imprescindível se casar! Se encontrarem uma boa mulher, vocês serão felizes. Se for má, se tornarão filósofos, o que também traz benefícios ao homem”.

Como educador sempre se recusou a receber qualquer tipo de pagamento, contribuindo desse modo, muito pouco para a situação financeira familiar, portanto, diferentes dos sofistas que ensinavam mediante pagas, principalmente sobre assuntos relacionados com política, administração e tribuna.

Em conseqüência de seus ensinamentos quanto a liberdade do individuo seguir a própria religião e escutar a voz interior, questionar a corrupção política dominante, veio a sofrer pressões políticas, acusação por crime de blasfêmia e ainda de corromper a juventude.

Reagiu as acusações com indiferença justificando seus ensinamentos como uma questão de responsabilidade moral. A defesa apresentada não foi suficiente, e nem se empenhou nesse sentido, para uma possível absolvição, levando-o, por pequena margem de votos a ser condenado pelo tribunal, oferecendo a própria “cabeça” para execução, quando poderia propor a própria pena, oferecendo considerável quantia em dinheiro para sua liberdade, como era o costume da época.

Entretanto, o fez com uma quantia irrisória sob o argumento de que aquela soma correspondia o valor que Atenas admitia a um filósofo, o que foi de pronto recusada. Sentindo-se injustiçado deixa de se empenhar na defesa o que levou o tribunal a condená-lo por maioria de votos à morta por envenamento, forçado a beber cicuta.

Outras alternativas para não ser condenado poderiam ser apresentadas, apelando para a benevolência do tribunal fundamentando com o propósito de não propagar as afirmações acerca do sistema político e opiniões de cunho religioso ou deixar a cidade de Atenas.

A acusação e condenação apresentavam mais caráter de ordem política com sentido de silenciar ou se livrar a presença incomoda de Sócrates, do que condená-lo propriamente à morte. Esta foi conseqüência dos fatos processuais.

O filósofo portador que era de profundas convicções, ficar calado ou abandonar Atenas eram condições inaceitáveis por contrariarem sua idéias de patriota e de lealdade a verdade.

Assim só uma situação lhe restava, a aceitação da sentença pelo cálice da cicuta e o fez filosofando na companhia dos amigos mais próximo, até o momento de sua morte.

MAIÊUTICA

Sócrates é considerado o fundador da ética filosófica independente dos deuses. Para ele toda pessoa, a priori, é portadora de uma potencialidade de compreensão racional de conceitos, portanto, quem se dedica a prática do bem encontra a felicidade.

A falta de conhecimento era a causa da ignorância humana, por isso se achava no dever de orientar as pessoas até à verdade utilizando o recurso de perguntas para alcançar a verdade após convicção interior.

Após questionar o interlocutor pedia a este que tentasse esclarecer o problema posto. Por outra via, empregava o método da ironia em que envolvia o interlocutor em contradição, levando-o a perceber sua própria ignorância.
Sócrates admitia que: “é inteligente quem sabe que não sabe!; só é sabia quem sabe que não é sábio. Não é vergonha nada saber; vergonha é nada querer aprender”. Para ele são quatro as qualidade de um juiz: escutar com atenção; responder com sabedoria; ponderar com sensibilidade e decidir com imparcialidade. Isto porque quem o poder de decidir obrigatoriamente é capaz de ouvir e logicamente ser imparcial.

PLATÃO

Discípulo de Sócrates. Nasceu em família aristocrática e defendia a idéia de que os governantes deveriam ser escolhidos pela inteligência e força de caráter e não pela condição familiar ou econômica.
Em Atenas fundou a Academia que serviu de formação das pessoas e influenciou com seu estilo por mais de dois mil anos a intelectualidade do ocidente.

Admitia que o mundo verdadeiro era constituído por idéias validadas e invariáveis, as quais são a causa da realidade e no mundo passageiro não podemos realizar completamente os ideais do mundo do ser.
O ponto de vista defendido com base nas ideais se torna o fundador do idealismo. A realidade ideal gera a realidade física.
Ao se referir a virtude da justiça pensava que a maior grau de injustiça é a pretensa justiça e a pior forma de injustiça é a justiça mal aplicada.

ARISTÓTELES

Para alguns pensadores Aristóteles chegou a superar seu mestre Platão, com quem estudou por quase vinte anos na Academia, no caminho de encontrar a verdade ao ponte de afirma que: “ Platão é para mim um amigo; amigo maior, porém, devo ser da verdade”.

Aristóteles trabalhou todas as áreas da atividade humana, portanto um conhecimento bem amplo das coisas.l

Natural da Macedônia, filho de Nicômaco, médico da corte do rei Amintas III.

Para ele as mudanças apresentam as seguintes causas: eficiente dando origem ao movimento; a material se constituindo na substancia da coisa; a formal que dá molde dos objetos e por último a causas final destinando o objetivo da coisa.

Assim, existe uma causa primeira que coloca em funcionamento todo o processo.

Apresentava a idéia que para alguém alcançar uma meta o importante é evitar os extremos, portanto, buscar um ponto de mediação nas ações.

Aconselhava que antes que a pessoa tome qualquer decisão deve ter por principio uma avaliação cuidadosa para não cometer desatinos e afirmava que: “há uma coisa que até aos deuses é negada – desfazer o que já foi feito”.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ZUMBI DOS PALMARES

ZUMBI DOS PALMARES


Texto:
Frei Rubens Morais Gomes.


Vinte de novembro é reconhecido por muitos como o dia dedicado a consciência negra, pelo fato de historicamente ficar registrado nessa data a morte de um dos heróis nacionais, grande guerreiro, líder socialista e que muito lutou pela causa da etnia afro exigindo justiça e liberdade para todos.

Zumbi era negro nascido em Quilombo, filho de Gana Zono e quando criança foi roubado por escravagistas e vendido como escravo em praça publica. Nesse mercado aberto foi comprado por um padre que o batizou com o nome de Francisco.

Zumbi recebeu as primeiras instruções aprendendo a ler e a escrever e por muito tempo exerceu a função de sacristão sob as orientações do padre que o comprou.

O sangue enraizado em suas veias fez Francisco (Zumbi) perceber com o decorrer dos tempos que ele era diferente e toda vez que ele ouvia os tambores nos quilombos ou nas senzalas sentia algo dentro de si e foi se convencendo que o seu lugar não era na sacristia.

Resolve fugir e em uma noite toma o rumo do quilombo de Palmares um dos maiores, na época, localizado na Serra da Barriga em Pernambuco, depois de percorre mais de 80 km, Ali chegando foi acolhido e reconhecido como o sobrinho de Ganga Zumba, irmão de seu pai.

Ganga Zumba era o líder do quilombo e com sua morte Zumbi assumiu a liderança da comunidade e sendo portador de uma personalidade forte não admitia que o quilombo fosse submetido ao poder real e nem dos fazendeiros da região.

Combateu fortemente o mercado de escravos, fez do quilombo dos palmares um verdadeiro Estado com leis próprias, vida social estruturada e uma economia comumente solidária.

Importante ressaltar que Quilombos dos Palmares não um era lugar somente para o convívio de negros, mas incorporava brancos, pobres, prostitutas, doente, mendigos, órfãos, viúvas e índios que não tinham mais tribos, portanto, também os marginalizados pela sociedade da época.

Algumas tribos da região dos Palmares haviam sido dizimadas e índios e índias eram vitimas de escravidão, trabalhando com escravos para colonizadores e buscavam a liberdade do modelo escravagista europeu que dominava toda América Latina.

O espírito libertário de Zumbi estava evidenciado na prática de sua liderança e lutava por um pais livre da escravidão e pela unidade das etnias, a exemplo de Palmares.

O Quilombo resistiu durante 50 anos lutando contra as forças militares da província de Pernambuco e Alagoas até que veio a ser capitulado, após vinte expedições militares, sendo as três ultimas com o reforço das tropas militares das províncias de Pernambuco, Alagoas e da Corte Real Brasileira equipadas com quatro canhões importado de Portugal.

A ultima expedição militar organizada estava sob a orientação do bandeirante Domingo Jorge Velho, conhecedor do interior do país e acostumado a vida do sertão.

Tropas e quilombolas travaram sangrenta batalha, por fim, em 18 de Novembro de 1695 os militares conquistaram o Quilombo dos Palmares. Zumbi escapou de ser preso, mas traído por seus companheiros, forçados que foram a falar indicaram o lugar onde o líder se encontrava.

Em 20 de Novembro de 1695, Zumbi dos Palmares foi executado pelas forças ideológicas dominantes, mas sua morte física não apagou da memora do povo seus ideais de liberdade e justiça.

Assim, a data acima lembra líder que foi Zumbi e o grito contra o preconceito e o racismo velado que ainda permeia na sociedade, apesar de alguns avanços e normas jurídicas. A luta por espaços ainda se faz necessária